"Mio padre mi ha fatto lavare la macchina."
Tradução:Meu pai me fez lavar o carro.
15 ComentáriosEsta conversa está trancada.
O Português não é a minha língua materna. Eu sei que é preciso um 'o' antes de 'meu pai' mas só havia um 'o' no exercício. Salvo erro não tem hífen. Só acho estranho não aceitar esta forma 'fez-me' que é mais comum em Portugal. Não domino as particularidades de construção das frases em PT brasileiro.
Entendo, Jonathan. De facto este exercício suscita algumas questões que põem em evidência certas diferenças mais comuns entre o português do Brasil e o português de Portugal. Diferenças que se recortam, é preciso dizê-lo, sob um fundo geral largamente comum às duas versões da língua portuguesa. Mas o facto é que quando estas diferenças se revelam o Duolingo pende sistematicamente para o lado brasileiro e rejeita com frequência as respostas quando estão de acordo com a versão europeia do Português. As diferenças em causa neste exercício são duas:
(1) O artigo definido e adjetivo possessivo. Este artigo usa-se em conjugação com um substantivo quando este designa uma coisa ou objeto singular e bem definido ou um grupo bem delimitado e definido de coisas ou objetos (plural). Vou dar o exemplo da palavra "gato". Designa um animal. Se estou a referir um gato qualquer digo "um gato" (artigo indefinido). Se refiro um gato particular e bem definido, por exemplo o gato da minha vizinha, digo "o gato". Se acrescento alguma qualificação ou adjetivo continuo a usar o artigo definido. Ex: "O gato da minha vizinha", " o gato preto", etc. A divergência surge quando acrescento um adjetivo possessivo. Em Portugal, pela regra exposta, continuo a usar o artigo definido: "o meu gato". Aqui os brasileiros costumam omitir o artigo e dizer "meu gato", mesmo sabendo que o artigo "o" está sintaticamente ligado à palavra "gato" e não tem nada a ver com o adjetivo possessivo "meu".
(2) A colocação do pronome em relação ao verbo. Na conjugação pronominal dos verbos (verbo + pronome pessoal ) há duas hipóteses (a) o pronome antecede o verbo - próclise: "me conhece, "(b) o pronome vem depois do verbo, ligado a este por um hífen - endóclise: "conhece-me". Se a conjugação é composta a próclise ou ênclise referem-se ao verbo auxiliar. Em Portugal usamos a endóclise na oração principal se for afirmativa e a próclise nas orações subordinadas. Se a oração principal for negativa também usamo a próclise. No Brasil a colocação dos pronomes em relação ao verbo é em teoria simétrica da que se usa em Portugal. Digo "em teoria" porque na prática nota-se um certa fuga ao uso da endóclise. Quando esta é requerida pelas regras do português do Brasil, muitos falantes tendem a usar a próclise com a desculpa de que as regras se aplicam apenas ao português chamado "culto" e eles falam o português "coloquial" (uma variedade do português-br em que as regras de gramática perdem valor).
Estes dois problemas já me custaram muitas rejeições de respostas que considero corretas. O Duolingo já introduziu alguma melhorias em relação a esta questão mas muito continua ainda por fazer.
Tem razão. Porém em italiano também existe a palavra "automobile" (que por acaso é do género feminino) e o Duolingo ?decidiu que as duas palavras não são sinónimas. Assim obriga sempre a traduzir "automobile" por "automóvel" e "macchina" por "carro". E é o que eu passei a fazer, apenas para evitar as sempre aborrecidas e frustrantes rejeições absurdas.